Foram muitas idas e vindas, no começo eu queria ser vendedor de sorvetes no Mac Donalds. Veja que interessante uma parte dessa trajetória.
Eu desejava vender sorvetes no MacDonalds por achar que teria livre acesso a eles, mas não, é claro que eu estava enganado.
No começo eu vendia coisas, produzia cartões de visitas e etiquetas para os negócios que existiam próximo da minha casa. Dava aulas particulares de matérias como: Português, Matemática, História, Geografia e Ciências, isso mesmo. E entre tantas outras coisas que fiz para faturar uma grana. Mesmo assim, nunca tive a orientação de alguém que fosse capaz de dizer: Você é empreendedor. Na verdade eu acho mesmo que essa palavra nem era bem vista naquela época, estamos falando de 1990 em diante.
Minha professora de uma das faculdades que cursei, a querida Teresa Otranto (@teresaotranto), foi de uma sinceridade incrível, e ao me ver vencer o prêmio Empreendedor promovido pelo Sebrae ela não conseguiu esconder um brilho inesquecível no olhar ao gritar no meio da platéia: – É ELE, o do Sanduíche gente, é ele que vai ganhar essa! E ela estava certa, ganhamos, mas o que me despertou nem foi o grito animado da minha professora, foi a frase que ela me disse ao falar sobre o prêmio. Ela disse: – Você já nasceu pronto, é empreendedor meu filho!
Naquela faculdade (e em toda minha formação Marista) tive outro incentivador, agora não está entre nós aqui na terra, mas era um verdadeiro anjo protetor dos meus passos naquela instituição.
Estou me referindo ao anjo maior da Administração Marista e que talvez você tenha tido a oportunidade de conhecer ou ser educado por um colégio administrado por ele, o Irmão Aílton Arruda. Ele falava pouco e me autorizava muito, algumas vezes com um sorriso largo. Alguns professores e até diretores da instituição sentiam muito ciúme, e talvez com razão. Ele me replicou a frase: – Erick, o Céu é o limite. E falou isso logo após eu pedir para fazer uma festa com bebidas dentro de uma entidade religiosa. Isso mesmo, ele autorizou por saber que eu daria o melhor de mim, e só quem estava lá pode confirmar, nada tinha sido parecido com aquela festa em toda história de existência da Faculdade.
Com a frase do Irmão eu tinha minha segunda provocação, a terceira provocação no ano 10 da minha jornada empreendedora viria do diretor financeiro, Daniel Braga, ele era osso duro de roer gente, e ouvi dele: – Você promete que vai devolver esse dinheiro? Disse SIM imediatamente, até por que ninguém tinha mais certeza que eu, sobre a devolução do dinheiro para realização de um outro evento dentro da instituição. Ali eu aprendi sobre responsabilidade com o emprego alheio 😅 😂.
Uma professora de outro curso sempre me dizia, -você é empreendedor rapaz! Eu sei que ela me admirava, e falava sempre muito animada, talvez até para meu bem, mas tenho motivos para não gostar dela, e por isso embora eu reconheça que posso ter sito alertado por ela, faço questão de registrar mas não incluir como a quarta frase que me chamou atenção. Um dia com mais tempo escrevo também sobre esse meu jeito de eliminar pessoas da convivência, vocês podem até achar que isso é algo novo no meu comportamento mas eu tenho um caso de quando eu tinha 10 anos e sempre foi assim, falhou eu deleto, talvez por isso mereça um texto. O fato é que eu reuni essas quatro pessoas, e três frases, para concluir uma única coisa, dez anos depois de ter iniciado meu primeiro empreendimento real…
Eu concluiria que realmente, não tenho o perfil para outra coisa, sou empreendedor. E após isso eu procurei o Empretec do Sebrae PE e comecei a profissionalizar minhas iniciativas, melhorar minhas habilidades.
As vezes existe algo em você que é notado mas não é visto sabe? Vocês já pensaram nisso?
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