Eu não deveria falar sobre “ feminismo ”, mas preciso fazer isso. Certo dia li em um portal de notícias: “Mulheres são 52% do eleitorado, mas apenas 10% das eleitas” e me lembrei de muitas preocupações que tenho sobre isso.
Primeiro, agradeço a Deus por nunca ter diferenciado mulheres de homens, brancos de negros, gays de heteros ou qualquer coisa nessa linha, eu achei que esse seria um comportamento padrão para qualquer Ser Humano, no entanto, ler coisas assim me traz para uma realidade dura da qual eu não gosto de participar, que é a realidade onde estão revelados atos truculentos que vão da violação de direitos até a violência contra mulheres.
Confesso que não tenho o hábito de parar para ficar pensando profundamente na temática, mas explico, na minha vida nunca presenciei diferenciação e por conta disso considero um retrocesso ter que falar sobre isso.
Em uma leitura de trabalho, notei que mulheres e homens ocupando o mesmo cargo estavam recebendo salários diferentes, mesmo quando possuíam qualificações técnicas e tempo de empresa iguais, foi um choque.
Na rua sou apresentado a um aplicativo de viagens focado no público feminino que carrega entre inúmeros valores o da segurança, mas como pode? Uma oportunidade de mercado se abriu em um vale que não deveria existir, isso é preocupante.
Na televisão uma mulher foi morta por que seu companheiro não aceitava o fim do relacionamento. Outra mulher por que mantinha uma relação extra conjugal e uma que ainda não se sabe quem, nem quais os motivos, mas que juntas estampam uma verdadeira barbárie, descortinam um retrocesso sem tamanho que estamos vivendo e que deixou de ser silencioso.
Na vida profissional me deparo com mulheres incríveis gritando freneticamente por respeito, muitas vezes sem notar que o grito está na direção errada ou gritam para as pessoas erradas e isso me assusta por que elas são um reflexo dessa situação anormal repleta de diferenciações absurdas, que acontecem sem nenhum motivo racional aparente, creio.
A representatividade feminina na política é uma questão de tempo? A primeira Presidente da República a assumir o cargo foi retirada dele por praticar atos administrativos também praticados por todos (sem exceção) governantes anteriores, sem que nenhuma punição lhes fosse imposta. Esse fato seria mais um dos que representam um país intolerante e neurótico? A junção de todos os fatos acima definiriam um país doente?
A reflexão que tenho feito é sobre canalização de energias, para que mais mulheres estejam no poder (público e privado) sem que precisemos debater horas o assunto, por que ao meu ver, o próprio debate é esdrúxulo, beira a ofensa já que estamos em 2018. Lá no topo, elas poderão ensinar/propagar o significado da palavra respeito. Quero dormir e acordar no Brasil assim, sem nenhum debate sobre o assunto, por que ele já não existe mais aqui.
” O que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou.”
Escrito por Erick de Albuquerque
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