Inovação vem de gente, não de máquina. Isso serve para supermercado também!
Atualmente, as pessoas acham que inovação não é para elas nem para o negócio delas. Na minha visão, tanto o pipoqueiro quanto um dono de uma rede de supermercados podem gerar inovações. Isso é possível se você tiver em mente uma coisa muito simples: inovação vem de gente, não vem de máquina. Infelizmente algumas empresas parecem esquecer disso.
O histórico empresarial mais comum que encontramos é um investimento alto na automatização dos processos práticos e objetivos e em sistemas de gestão e apoio à decisão; mas pouco ou nenhum investimento na criatividade. Assim, convertemos o ser humano, que é o agente criador da inovação, em um robô. Seja operando um computador ou não.
Assim, convertemos o ser humano, que é o agente criador da inovação, em um robô. Seja operando um computador ou não.
Quer um exemplo? Você chega num caixa de supermercados e a primeira coisa que a pessoa pergunta, de um jeito nada acolhedor nem simpático, é: “Você tem o Clube (coloque aqui o nome do seu supermercado)?”. Não interessa se o cliente tem, sem está feliz com ele, nem qual o benefício da pessoa em ter. O robô do caixa termina fazendo uma pergunta automática, que tem uma resposta também automática e o feedback que poderia vir não vem, ambos tentam se livrar dessa etapa que deveria ser, no mínimo, descontraída.
Isso não cabe mais no mundo atual. Ponto. Não é um sistema que garante que a empresa vai ser mais competitiva ou mais inovadora. São os seres humanos. Eu não sou de RH, que fique claro, mas insisto: as empresas que mais inovam são as que mais investem em pessoas, existem algumas empresas bilionárias com 60 funcionários e tudo funciona perfeitamente.
As empresas que estão muito focadas em salários, cumprimento de horários, abastecimento de prateleiras e funcionamento do caixa alegam que não inovam porque têm uma dificuldade muito grande de investir e valorizar os seres humanos.
Quero dizer que é possível, sim, provocar essas pessoas a gerar inovação.
Quantos eventos relacionados a novas tecnologias e inovação esses supermercados fizeram internamente ou provocaram seus colaboradores a participar? Que tipo de entrada de inovação isso trouxe para a empresa? Certamente o resultado dessa conta vai ser quase nada ou zero. Muitos supermercados, inclusive, não têm nem a área de recursos humanos para desenvolver as pessoas, têm um departamento de pessoal que se restringe a contratar, treinar, pagar e demitir, não o fazem direito e acreditam que não ocorre impacto na vida do cliente final. Isso torna o acesso à inovação mais complicado. Porque o acesso à inovação não é colocar uma sala bonita com uma TV e botar o pessoal para descansar. Conectar pessoas ao futuro é deixar a cabeça delas livre e isso não tem custo financeiro.
Muitos supermercados, inclusive, não têm nem a área de recursos humanos para desenvolver as pessoas, têm um departamento de pessoal que se restringe a contratar, treinar, pagar e demitir. E isso torna o acesso à inovação mais complicado.
Porque o acesso à inovação não é colocar uma sala bonita com uma TV e botar o pessoal para descansar. É conectar pessoas ao futuro.
O primeiro passo é ter uma área de recursos humanos adequada é checar as práticas atuais e ter certeza que elas não são medíocres, que vão além do básico que você tem obrigação de fazer. Convenção com os funcionários, feedback para saber onde a empresa pode melhorar… isso é bom, mas não é suficiente. Segundo passo: criar um plano, mesmo que humilde, para que o colaborador abra uma janela de informações de oportunidades fora do universo de trabalho dele e que ele esteja pronto para trazer isso para o ambiente do trabalho, mesmo nas funções mais simples. Terceiro: receber e avaliar essas ideias e sugestões e, se for viável, pouco a pouco aplicar essas melhorias.
Essas janelas que profissionais de diversos níveis vão ter lá fora devem ser leves e divertidas para que os eles se sintam mais oxigenadas e inspirados. Isso pode provocar uma mudança imediata em determinados aspectos dentro da gestão do supermercado. Mas pode, também, levar a empresa a passar a conhecer soluções, inclusive tecnológicas, que façam ele se conectar com o cliente totalmente mobile e digital, que é o que hoje temos no mercado, enquanto os supermercados são totalmente analógicos.
Para finalizar (por enquanto), essa conexão faz com que o supermercado possa adquirir soluções para o dia a dia. Fica, inclusive, aberto o convite da Frevotech para qualquer empresário do setor supermercadista conhecer o Porto Digital, maior polo de inovação do País, e ver como a cultura de valorização das pessoas acontece e pode ser feita por qualquer empreendedor, do pipoqueiro ao dono de uma grande rede de supermercados.
Só mais uma uma coisa que o dono do supermercado precisa entender: o mundo mudou, o cliente e os perfis de clientes mudaram. Mas sobre isso eu falo mais em outro artigo.
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